Nos últimos meses, algumas matérias sugerem um retorno “em massa” das operações de nuvem para datacenters locais, com empresas reconsiderando suas estratégias de infraestrutura. No entanto, na prática, o movimento tem sido contrário.
O mercado de computação em nuvem segue crescendo rapidamente. Em 2023, o mercado global de nuvem pública foi avaliado em US$ 669,2 bilhões, um aumento de 19,9% em relação ao ano anterior. Em 2024, espera-se que esse valor ultrapasse US$ 800 bilhões, com crescimento semelhante projetado para 2025. No Brasil, os investimentos em nuvem devem alcançar R$ 1,5 bilhão em 2024, conforme projeções da IDC.
Cada vez mais, empresas adotam a nuvem como uma solução estratégica para a transformação digital, garantindo flexibilidade, escalabilidade e inovação. Um exemplo disso, é a decisão anunciada pelo Itaú Unibanco, que planeja migrar 100% de suas operações para a nuvem até 2028.
A nuvem não deve ser vista apenas sob a ótica dos custos — ela é essencial para a transformação digital. Tecnologias como inteligência artificial e big data, que são fundamentais para muitas organizações, só podem ser implementadas de forma eficaz em ambientes de nuvem, que suportam grandes volumes de dados e integração contínua de novos serviços. Com a nuvem, as empresas não apenas criam novas oportunidades de negócios, mas também ganham competitividade no mercado.
Quanto aos custos, é compreensível que algumas empresas hesitem em migrar para a nuvem devido a preocupações com as despesas operacionais. Porém, a nuvem oferece um modelo de pagamento pelo uso: você paga apenas pelo que consome, sem necessidade de grandes investimentos iniciais em infraestrutura. Além disso, a elasticidade da nuvem permite ajustar os recursos conforme a demanda, sem desperdício. Em outras palavras, você paga apenas pelo que utiliza, sem custos fixos elevados, tornando o modelo muito mais eficiente.
Uma analogia simples: imagine uma empresa de varejo que, durante a Black Friday, vê um aumento substancial no volume de compras. Em um ambiente on-premises, isso exigiria investimentos pesados em infraestrutura, o que seria inviável e ineficiente. Na nuvem, a empresa pode expandir sua capacidade rapidamente para atender à demanda e reduzir os recursos no dia seguinte, pagando apenas pela utilização extra. Esse tipo de agilidade e escalabilidade é um dos maiores benefícios da nuvem.
A nuvem não é apenas uma mudança tecnológica, mas um pilar fundamental para a transformação digital, proporcionando flexibilidade, escalabilidade e inovação.
O futuro já chegou, e as empresas que não iniciaram a sua jornada de transformação digital já ficaram para trás.